quinta-feira, 2 de junho de 2016

Eu me acho

  O que pode atrapalhar um grupo bom? 
  Essa pergunta vem do técnico do Humaitá de Santo André, Sr Ignácio Resende.
  Um elenco só é forte, quando todos pensam no coletivo. O grupo tem que ser homogêneo neste sentido, podendo ser heterogêneo na cultura, financeiramente etc.  
  Mas, quando os valores não são bem assimilados, as coisas se degringolam. Você percebe, com muita facilidade quando a primeira pessoa do verbo está no singular.
    No futebol principalmente, onde todo brasileiro entende ou acha que entende, é onde o egoismo está presente. Na história do "Maior de Todos", tivemos crises e mais crises, pois o "si acha" estava presente.  Quase teve brigas dentro do elenco, por diversas vezes, e a solução foi gradativa.
    A primeira alternativa foi afastar as maçãs podres, a segunda foi homogeneizar o grupo, a terceira dar humildade aos que "si acha".  A terceira é a mais difícil, onde você tira o jogador e mostra para ele que o time continua vencendo sem ele. Além dessa forma, faz o time ter importância tática maior que  as individualidades.
    Hoje por o grupo ser grande, "é composto de 26 atletas", fica mais fácil  administrar. Alguém aumenta a soberba, banco nele. Até por quê todos os jogadores nessa categoria são iguais, o que diferencia é a condição física. Como treinador eu sinto isso, quando pego um jogador acima da média, coloco uma marcação individual e é facilmente neutralizado. Alguém faz isso com o Ibra, Pelé, Messi, Ronaldo?
    O que todos precisam entender, principalmente o grupo do "si acha", que no Reumatismo todos são considerados iguais. O difícil é separar os humildes de mais, dos que "si acha".