Uma história e não "uma lenda"

     

Contando história de hoje, pra você que nos acompanha e pede sempre, pois no futebol tem muitas, umas são lendas e outra a pura verdade. Certa vez, numa cidade longínqua, bem perto do fim da curva, o Reumatismo iria bater uma bolinha lá, jogo de final de temporada, viajou bem desfalcado. A delegação pôs o pé na estrada em vários carros, e eu cheguei bem antes de todos, inclusive do adversário. E é aí que começa a história. Tinha e tem uma lanchonete dentro do estádio, deixei meu carro no estacionamento, que era um pouco distante do local, e entrei na lanchonete sem ser notado, assistia uma partida de sinuca, quando encostou um sujeito no balcão e foi logo dizendo para a pessoa que estava do lado de dentro, a qual até então eu não conhecia. Olha já comprei todos os apetrechos da feijoada, só falta a couve. Um deles disse, mas temos que ganhar hoje, para completarmos dois anos de invencibilidade. O outro respondeu já te mostrei o blog deles e eles também não perderam na temporada. Completou dizendo em casa ninguém ganha de nós, é muito difícil. Aos poucos foram chegando o nosso time, era um sol pra cada um, e eu fui contando a história. O clima ficou tenso, pois estávamos sem a maioria dos titulares. Mas, assim que começou o jogo percebi que não eram bichos de 7 cabeças, eram sim arrogantes, se achavam. O primeiro gol foi uma pintura, Borra por cobertura, simplesmente do meio campo. O segundo Edu sofreu penalidade, ele mesmo cobrou e fez 2 x 0, sofremos o primeiro e Borra pôs a pá de cal fazendo 3 x 1. Um dia inesquecível, para ficar pra história. Depois do terceiro gol, o desespero era total e nosso goleiro Paulinho acabou de fazer o serviço. Na hora da refeição fornecida por eles, só estavam nós, pois eles brigaram nos vestiários e foram cada um para a sua casa. É bom para aprenderem, que Peru não morre na véspera, e a cidade é Torre de Pedra.