quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

"Ego, no futebol"

     Respondendo o Sr Cícero Fernandes, de Araruna - PR. O Sr Jamil Ulkoski de Osasco - SP. O Sr Adhemar Bitencour de Vargem Grande Paulista - SP.
Quais são as dificuldades para se administrar um elenco de futebol, cheio de Egos?
   É igual uma pescaria. Você joga a rede, e nela vem todos os tipos de peixes. 
   Os que você come, sem ter problemas com os espinhos, e são saborosos. E os que você come, mas, que tem muito espinhos e são saborosos e os que não. Alem dos intragáveis, que alem de pequenos, tem muito espinhos, e não são saborosos. Um elenco, é mais ou menos assim.
Essa teoria é defendida por muitos profissionais da ativa, tais como Osvaldo de Oliveira, Prof Parreira, Tite, etc além do Prof Zagalo. "Estes foram os palestrantes, que eu estava presente, além dos demais. 
   Eu, tenho mais de meio século vivendo no meio do futebol, além de que continuo estudando, fazendo pesquisas, pois esse assunto  que se dominado, faz um grupo frutificar. 
   O "EGO" é a doença mais grave em um grupo, até mais do que o viciado em coisas maléficas. O viciado faz mal para ele mesmo, o egoísta faz mal para o grupo. Em ambos os casos, a solução é atitudes firmes pelo líder. Existe aconselhamento que a cura é o afastamento, mas em grupo de amadores, existem outras saídas.
  Vocês já ouviram falar no ditado "fazer xixi na arvinha". Então, o egoísta, "aquele que se acha", quando ele não consegue produzir o que ele pensa que pode, ele faz o tal "XIXI NA ARVINHA". 
  Ele fica incomodado e começa inventar histórias, para que através delas, ele se encha de moral. Tipo, lembra daquilo?, ou desvia o assunto para outro companheiro, ou coloca terceiros na história. 
  Cabe ao treinador, detectar isso, acender a luz amarela, e tratar a base de choque, mas com um certo cuidado.
  O Ego, é resultado de uma frustração, queria ser aquilo e não consegui. Aí o cérebro trabalha contra o indivíduo. Ele passa acreditar, no que ele pensa que pode, e não no que ele verdadeiramente consegue. Isso não é apenas no futebol.
  Recentemente,ouvi de um treinador de um time de várzea de nossa cidade, que ele tem um atleta com essa doença, e que afirma que fez 4 vezes mais gols que Pelé, entre seus 17 e 33 anos. E ele, segundo seu técnico, não tem nem um 1/4 dos fundamentos, bem treinados. Tipo, apesar de atacante não consegue nem cercar, quanto mais marcar, jamais viu ele fazer um gol de cabeça. Além de não ter a sincronia do time, ou seja não sabe se deslocar, para receber a bola. O treinador acaba dizendo o seguinte: treinava em garagem, ou brincava de boneca, quando era pequeno. E o atleta afirma com veemência, que até ele mesmo acredita, o que é o pior.
  As histórias são sempre as mesmas: Fui convidado para jogar no time tal, quando jovem joguei nas categorias de base do time tal, joguei com o fulano de tal, joguei no time tal, fui campeão do time tal, ganhei centenas de taças, vivi da bola etc
  Claro que em nosso grupo também tem, a quantidade é abaixo da média, mas, já foi muito maior. Hoje, arrumamos a primeira tarrafada, devolvendo para o rio, os intragáveis. 
  Como o Sr Cícero conta em seu e mail, em seu time tem mais da metade do elenco nesta condição. Eu aconselho baixar o número com dispensas, pois se não a vida útil deste elenco é curta.
  Espero que com minhas experiências, consegui passar o que penso deste problema.
    

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